A música de dança, nomeadamente o House e a electrónica, tiveram o seu grande boom na década de 90 do século XX. É nestes anos que começa a acção de “Éden”, filme de Mia Hansen-Love.
Paul (Félix de Givry) é um estudante de literatura apaixonado por música. Dá no inicio da referida década os primeiros passos na noite parisiense e na música que aí brota. Com o seu melhor amigo, funda uma dupla de DJ, a que chamaram “Cheers”. Pouco a pouco, vão encontrando o seu espaço e ascendendo a uma notoriedade cada vez maior.
Com o sucesso, intensifica-se o consumo de álcool e drogas, elementos que acrescentam euforia, mas que podem ser uma mistura perigosa. Paul enreda-se no meio, e deixa a sua anterior vida para trás.
Acompanhamos Paul e a sua entourage ao longo dos anos que se seguem, com os inevitáveis altos e baixos, relações falhadas, e peripécias, mais ou menos dramáticas.
A mítica banda The Doors tem num dos seus temas a expressão “When the music’s over turn out the lights” (quando acabar a música apaga as luzes). E é essa questão que se coloca. O que acontece quando acaba a música? O que significa quando acaba a fama, o dinheiro, as viagens, os excessos? O filme dá-nos uma visão possivel (inevitável?).
“Éden” abrange duas décadas da cena musical parisiense (e mundial), e está recheado de boa música. Muito aconselhado a quem viveu esta época, mas também a quem quer ver um retrato destes anos loucos.
Éden, de Mia Hansen-Love (2014)
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