O espelho, o seu reflexo, o que lá vemos ou revemos, tem sido alvo de atenção pelos artistas ao longo dos séculos. Rosa Figueiredo, curadora desta exposição, juntou um conjunto de 69 obras na Fundação Calouste Gulbenkian, numa mostra aberta ao público até 5 de Fevereiro de 2018.

As obras de arte encontram-se divididas por cinco núcleos temáticos: «Quem Sou Eu?»: O Espelho Identitário, O Espelho Alegórico, A Mulher em Frente ao Espelho: A Projeção do Desejo, Espelhos Que Revelam e Espelhos Que Mentem, e O Espelho Masculino: Autorretratos e Outras Experiências. Cada um reflecte uma visão do tema principal, seja o uso do espelho como artificio, como objecto de sedução, como objecto identitário, ou como ilusão, por exemplo.

Presentes em diversos suportes, tais como a pintura, fotografia, vídeo, escultura ou literatura, as obras privilegiam o espelho como objecto que nos conduz ao longo da mostra.

Na origem desta exposição está assumidamente uma das obras primas de Lewis Carroll,  “Alice do Outro Lado do Espelho”. Os mistérios que o outro lado nos reserva ou, não conseguindo passar para o outro lado, a realidade ou ficção que, ainda assim, estão do lado de cá.

Nas palavras da curadora, “os espelhos são objectos muito interessantes devido à sua capacidade de nos transportarem a outras dimensões, conduzindo-nos por vezes a horizontes de espiritualidade, ilusão ou até de pesadelo”.

Video: Rosa Figueiredo, curadora do Museu Gulbenkian, fala sobre a seleção das obras para a exposição «Do Outro Lado do Espelho».

Do Outro Lado do Espelho
25 Outubro 2017 – 5 Fevereiro 2018
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa

Livro: As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho

Foto: Jorge Varanda (Luanda, 1953 – Lisboa, 2008). Sem título, 1990. Tinta acrílica sobre contraplacado. 32 x 52 cm. Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna

Categorias: Exposição

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