Raquel André colecciona pessoas. No fundo, colecciona experiências, memórias. Já o faz há uns anos. Começou por coleccionar amantes (e ainda não parou), e agora apresenta a sua “Colecção de Coleccionadores”. São 30 (em outubro 2017), das quais nos destaca 18 neste espectáculo.

Raquel é uma contadora de histórias. Histórias reais. Com o seu ar doce, vai desfiando memórias das pessoas com quem se cruza. Umas muito divertidas, outras trágicas, todas de certa forma comoventes.

Não vou fazer uma descrição das várias partes desta performance. Penso que retiraria da experiência. Mas digo-vos que desde o riso à comoção, passando pela meditação, tudo se pode encontrar.

Se em “Colecção de Amantes” o recurso de suporte fora a fotografia, em “Colecção de Coleccionadores” foi o vídeo, que pontua e documenta todo o processo e está muito bem integrado no todo.

Vale a pena, pois, partilhar esta colecção e ser testemunha da partilha que se estabeleceu com os coleccionadores. Até 12 de novembro de 2017 no Teatro Nacional D. Maria II.

Raquel André em entrevista ao Coffeepaste, onde fala das suas colecções, do seu percurso, e do acto de criar.

2 – 12 novembro 2017
Teatro Nacional D. Maria II
Lisboa

Foto de Vera Marmelo

conceito, direção, produção e em cena Raquel André
cocriação António Pedro Lopes, Bernardo de Almeida e Raquel André
música noiserv
vídeo Diogo Lima e Afonso Sousa
desenho de luz Rui Monteiro
design de som João Neves
coordenação técnica Carolina Caramelo
adaptação de luz e direção técnica em digressão Eduardo Abdala, Cárin Geada
comunicação António Pedro Lopes
produção executiva Mónica Talina
coprodução TNDM II
parceria Festival Temps d’Images

Categorias: Performance

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