Vasco Diogo move-se no âmbito do vídeo e do cinema, mas também tem actividade na área da performance.
Um quadrado no chão demarca a cena central. Nele está uma cadeira onde um corpo está a ser massajado. Este é o ponto de partida de Cervical Kid.
Nos quatro vértices do quadrado está um quarteto musical: Luísa Brandão (voz), Bruno Parrinha (sopros), Monsieur Trinité (percussões) e Rogério Pires (guitarra preparada). São eles que dão o suporte sonoro à performance. Improvisando, emprestam um caracter único a cada apresentação.
A partir deste dispositivo desenrola-se o espectáculo, sempre com um ritmo bem marcado, acelerando ou abrandando ao sabor do movimento de Vasco Diogo.
Há alguns momentos inesperados, que não revelarei para não prejudicar a experiência, que espero venham a ter.
Lê-se na sinopse que “Cervical Kid não é mais uma peça sobre a memória do corpo, mas antes um manifesto em prol da amnésia”. No entanto, esta performance ficará na memória.
Cervical Kid, de Vasco Diogo (Festival Cumplicidades)
10-16 março 2018
Rua das Gaivotas6
Lisboa
Concepção, Espaço Cénico, Coreografia e Interpretação Vasco Diogo
Música e Interpretação Luísa Brandão, Monsieur Trinité, Rogério Pires, José Bruno Parrinha
Fotografia Eduardo Camilo