Thomas Vinterberg é um cineasta dinamarquês e foi, ao lado de Lars von Trier, um dos criadores do movimento Dogma 95, que definiu regras para simplificar a produção de filmes.

Em “A Comuna” retrata-se a vida de um casal, Erik e Anna (Ulrich Thomsen e Trine Dyrholm, respectivamente), ele arquitecto e ela uma conhecida apresentadora de televisão. Algures na década de 1970 decidem criar uma comuna num enorme casarão que Erik herdou. Aos poucos, vão recrutando novos moradores, num processo sempre democrático e participativo.

Juntos, os membros da comuna vivem em liberdade, partilhando a amizade e a vida num dia-a-dia descontraído, que parece funcionar na perfeição.

Um dia, um caso de amor vem perturbar a vida da casa, e em particular a do casal protagonista. A situação complica-se e torna-se mais e mais dramática.

O desfecho parece inevitável, e outros acontecimentos paralelos adensam-no ainda mais. Estas pequenas grandes histórias ao lado da principal, acrescentam densidade à trama, e dão-lhe outros pontos de interesse. As histórias de Freja (filha do casal), ou do pequeno Vilads, são pontos de interesse suplementares.

Em resumo, este é um excelente filme sobre relações de amizade e de amor nas suas diversas formas, sobre a vida em comunidade, e sobre os dramas e dificuldades que todos enfrentamos nas nossas vidas.

Destaco as interpretações de  Ulrich Thomsen (Erik ) e Trine Dyrholm (Anna), esta última vencedora do Urso de Prata para Melhor Actriz no Festival de Berlim.

A Comuna, de Thomas Vinterberg (2015)
Ver em Filmin

Categorias: Cinema

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