A década de 1965 a 1975 foi uma década de contrastes. Em Londres, anos de grande liberdade e euforia, com desenvolvimentos em todas as áreas, com particular destaque para a cultura. Em Portugal foram anos também de contrastes, abrangendo o final do Estado Novo, e os primeiros anos de liberdade e democracia.
Pós-Pop é uma exposição com curadoria de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas, dedicada a divergências ao movimento Pop Art em Portugal e Inglaterra entre 1965 e 1975.
São mais de duzentas obras de artistas, entre os quais João Cutileiro, Teresa Magalhães, Ruy Leitão, José de Guimarães, Bernard Cohen, Jeremy Moon e Allen Jones.
Ao longo da exposição encontramos trabalhos de pintura, fotografia, escultura e vídeo.
Dentro das salas encontramos outros dois espaços, que vejo como dois abrigos. O primeiro é dedicado à musica pop portuguesa, onde se ouvem em fundo os temas vencedores do Festival RTP da Canção de 1965 a 1975. No segundo, de cariz mais íntimo, nota-se a predominância de obras de João Cutileiro, e as suas famosas mulheres.
Esta é pois uma exposição importante, de um conjunto de artistas que ousou fugir à norma e fazer ouvir a sua voz fora da Pop Art.
“Pós-Pop. Fora do lugar comum” está patente ao público até ao dia 10 de setembro de 2018.
Pós-Pop. Fora do lugar comum
20 abril 2018 – 10 setembro 2018
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa
Na imagem:
Ruy Leitão (1949-1976)
Sem Título, sem data. Feltro e guache sobre papel. Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna. inv. DP1939. Foto: Paulo Costa