Mário Laginha é um músico com provas mais que dadas, com uma já longa carreira no jazz, world music e música erudita. Já tocou com grandes nomes da cena mundial, dentro e fora de portas. Destacam-se a parceria com a cantora Maria João, com quem gravou uma dezena de álbuns, o trio de pianos infelizmente irrepetível, com Bernardo Sassetti e Pedro Burmester, e o seu trio de jazz “clássico”, com Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).
Neste concerto o trio foi outro. Nos saxofones esteve o britânico Julian Argüelles e na percussão Helge Norbakken. Em conjunto gravaram o álbum “Setembro” que foi nesta noite apresentado ao vivo pela primeira vez. Segue-se uma tournée em Portugal e pela Europa.
O álbum é constituído na maioria por composições de Laginha, mas inclui um tema de Argüelles.
Para quem conhece os músicos, particularmente o português, sabe que um concerto seu não irá desiludir. Neste em particular, junta-se à energia criativa de Laginha, a subtileza e virtuosismo de Argüelles, e a criatividade imparável de Norbakken. É um gosto ouvi-los, mas também vê-los em acção, tal é a entrega que aplicam no que fazem em palco.
Nesta noite foram desfilando os temas do músico português, muitos dos quais reconheci da parceria com Maria João, em que a voz foi substituída pelos saxofones. Pela minha parte, foi um desfiar de gratas memórias e um constante jogo de “descubra as diferenças”.
A música portuguesa, e em particular o Jazz, vai muito bem. Assim o digo, e assim o disse Mário Laginha na entrevista que deu ao Coffeepaste, e que podem ver de seguida.
Laginha, Argüelles e Norbakken
29 setembro 2018
São Luiz Teatro Municipal
Lisboa
Mário Laginha,piano
Julian Argüelles,saxofone
Helge Norbakken,percussão
Próximos concertos do trio:
11/10/2018 Bragança
12/10/2018 Vila Real
13/10/2018 Porto
25/10/2018 Belgrado
27/10/2018 Coimbra