Lutar contra o estereótipo. Poderia ser o lema da exposição “Género na Arte. Corpo, sexualidade, identidade, resistência”, patente no Museu Nacional de Arte Contemporânea até 11 de Março.
Ao contrário das expectativas dos mais optimistas, em 2018 ainda é essencial discutir as questões de género. Numa sociedade tão moderna e global em tantos aspectos, as questões do machismo, da homofobia e da misoginia ainda estão muito presentes.
Nas palavras de curadora Aida Rechena, a exposição pretende “promover a diversidade”. E é um conjunto diverso de artistas que encontramos nesta mostra. Destaco alguns: As fotografias de Ana Pérez-Quiroga, o misto instalação-escultura-fotografia-happening de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, os quadros de João Gabriel, e os filmes de Gabriel Abrantes e Miguel Bonneville. Cada um, à sua maneira, propõe uma visão para a questão do género e a sua identidade.
No texto que introduz esta exposição, as curadoras Aida Rechena e Teresa Furtado escrevem: “Os museus não são lugares neutros. Pelo contrário, procuram dar respostas a questões fundamentais para a sociedade. O Género enquanto dimensão identificadora dos indivíduos inclui-se nessas questões”. Elas assumem que os museus, não sendo neutros, se implicam com as exposições que levam a público. Será assim? Fica a questão
Género na Arte. Corpo, sexualidade, identidade, resistência
20 Outubro 2017 – 11 Março 2018
Museu Nacional de Arte Contemporânea
Lisboa
Artistas: Alice Geirinhas, Ana Pérez-Quiroga, Ana Vidigal, Carla Cruz, Cláudia Varejão, Gabriel Abrantes, Horácio Frutuoso, João Gabriel, João Galrão, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Maria Lusitano, Miguel Bonneville, Thomas Mendonça e Vasco Araújo.
Foto: Alípio Padilha