“E se realmente acontecer um apocalipse zombie?”. É esta a inquietante pergunta que a sinopse deste espectáculo nos lança. E se Lisboa, e se o Teatro Nacional D Maria II estivesse cercado por zombies? Quatro especialistas promovem uma conferência sobre o tema, a que somos convidados a assistir.
Tudo parece estar a correr bem, até que o painel propõe uma experiência arriscada. A partir daí gera-se o caos, com objectos a voar, discursos inflamados e muito mais. Aprendemos a lidar com um zombie, como o distrair e, muito importante, como o eliminar.
O espaço de apresentação é a sala de cenografia do Teatro, uma escolha original em que as roupas funcionam como paredes, e em que todo o espaço é aproveitado pelos actores.
João Estima, João Grosso, Lúcia Maria e Manuel Coelho dão corpo a este episódio do apocalipse com competência, intensidade, e humor.
A encenação é assinada pelo dramaturgo e encenador Alex Cassal. Segundo disse à Agência Lusa, a peça centra-se na “necessidade imperiosa de a humanidade regressar ao humanismo”, incorporando citações de variadíssimos autores, tão diferentes como Zeca Afonso, Lili Caneças, ou Judith Butler.
Um espectáculo que dentro do irreal, do nonsense e do humor nos leva a reflectir sobre o papel do outro em relação a nós.
E no final, alguém escapará?
Ex-zombies: uma conferência, de Alex Cassal
1 – 27 março 2018
Teatro Nacional D Maria II
Lisboa
texto e encenação Alex Cassal
com João Estima, João Grosso, Lúcia Maria, Manuel Coelho e Sara Inês Gigante
apoio à dramaturgia Joana Frazão
apoio à encenação Eduardo Molina
conceção do espaço cénico e guarda-roupa Alex Cassal
adereços (material bélico) Stéphane Alberto
produção TNDM II
M/14