O amor é um tema recorrente no cinema europeu, e em particular no cinema francês, não fosse a língua e o país do amor.

Em “Ciúme”, acompanhamos a vida de Louis (Louis Garrel), actor, que vive com Claudia (Anna Mouglalis), actriz, num minúsculo apartamento. Louis tem uma filha, Charlotte (Olga Milshtein), da sua anterior relação.

Louis tem trabalho mas Claudia não. Seguimos o dia a dia de ambos, um na sua rotina para o teatro, a outra na sua busca de teabalho.

Os encontros e desencontros das personagens principais são acompanhados pela pequena Charlotte, e pelo seu olhar de criança.

A relação de Louis e Claudia evolui, aproxima-se e afasta-se, ao sabor do que lhes vai acontecendo.

Certo cinema europeu tem destas coisas… é feito com um ritmo que, se a ele não estamos habituados, estranhamos. Um ritmo muito próprio, mais lento, mais poético. Durante o filme, situações agradáveis, mas outras tensas, de conflito e de drama, são apresentadas de forma serena, sem artifícios, tal como elas são. Poderia dizer que é quase documental este despojar de efeitos sonoros e visuais, estes tão presentes em grande parte do cinema comercial.

Com uma banda sonora original de elevada beleza, com o preto e branco que evoca tempos idos, e com um tom melancólico que atravessa o filme, esta é uma obra para ver com um espirito calmo e introspectivo.

Ciúme, de Philippe Garrel (2013)
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Categorias: Cinema

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